quarta-feira, 29 de abril de 2009




Para beleza, Michelangelo usou as mãos;
Parabelo nas mãos do Ten. João Bezerra, pintou-se miséria;
Belas palavras na boca de Rui Barbosa;
Barrosamente, Vitalino embelezou o mundo sem palavras.
- PARLA!
...
(Clayton Souza)



"Que não é o que não poder ser."
(Arnaldo Antunes)
USAR O BLOG COMO HABITAÇÃO PERMANENTE...
ABRIGO DE MINHAS INSPIRAÇÕES.
USAR O BLOG COMO UMA CAVERNA INÓSPITA...
REFÚGIO DE MINHAS IDÉIAS.
USAR O BLOG COMO CONFIDENTE...
PARCEIRO DOS MEUS DESVARIOS.
E AS PALAVRAS?! O QUE FAZER COM ELAS?
QUANDO A CONEXÃO NÃO É AUTOMÁTICA,
AS VEZES, ELAS SE PERDEM...

Clayton Souza

terça-feira, 21 de abril de 2009


Flutuações de amor, sorrisos inexplicáveis, cabelos voadores numa brisa de mar, hálitos frescos de beijo, arrepios de cheiros na nuca, músicas espontâneas para cantarolar enquanto você estiver andando pelo centro, ninguém batendo na porta quando estiver "afinzão" de ficar só, gentilezas ditas por estranhos que nunca mais cruzarão com você, o abanar do rabo de um cão vira-latas acompanhado daquele olhar que SÓ ELES sabem dar, cinco entardeceres perfeitos num período de um ano, um cheiro inconfundível de infância, olhares interessantes, displicentes e gratuitos, às vezes parar tudo pra um nada limpar a mente, nadar no mar pra tudo voltar pros eixos, maresia de algas, cantiga de grilo, paz pra fora e pra dentro, caracóis no caminho pra parar e esperar passar, versos mudos, uma quarta corda de reserva pra tocar de novo, velhos sentires, novos prismas, céu, pedra pra jogar no espelho d'água, ouvido apurado na radiola, vida, vida, vida...

Patrícia Alves

Desenho do Paint: Ariadne Souza

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Torrente

Pingos de amor
Escorrem vida a dentro
O tempo goteja na ampulheta
Vazante de lágrimas
Dos olhos já não mais serenos
Já não mais seremos
O transbordo úmido
Escape translúcido
Imperceptível
Gotas de dor
Gostas de nada
Gastas saliva
Cortas os pulsos
Patrícia Alves
Foto: homônima

"Quando se deseja escrever, escreve-se.
A única maneira de aprender a escrever é escrevendo.
Porque é assim que se faz.
Porque não existe outra maneira. Nenhuma outra maneira.
Diligência compulsiva é quase suficiente. Mas não basta. É preciso
ter gosto pelas palavras. Gula. É preciso querer rolar nelas. É preciso
ler milhões delas escritas por outras pessoas.
Lê-se tudo com grande inveja ou fatigado desdém."
JOHN D. MACDONALD
Foto: Clayton Souza

quinta-feira, 16 de abril de 2009


Um blog, as vezes, é como um brinquedo novo.
No início torna-se o predileto, o mais querido, o mais brincado
.
Com o sério passar do tempo
Ele vai se tornando menos lembrado;
Vai deixando de ser o foco das atenções.
Pois é.
Para que ter um blog que ninguém lê?
E o pior:
Ninguém escreve.
Assim, como os nossos escritos,
O inclemente provedor tempo vai brincando com o blog...
Até a chegada de um novo brinquedo.